As mudanças da Fuvest 2026, que organiza o vestibular para ingresso na Universidade de São Paulo (USP), foram anunciadas em dezembro de 2024 e entrarão em vigor na edição deste ano. Elas não representam grandes alterações, mas é importante que os candidatos acompanhem essas atualizações para ajustarem a sua preparação.
As mudanças dizem respeito às questões da primeira fase, que terão mais interdisciplinaridade, e à redação, que poderá cobrar outros gêneros textuais além do texto dissertativo-argumentativo exigido atualmente. A seguir, detalhamos as mudanças da Fuvest 2026 e relembramos o formato das provas da primeira e segunda fase.
Mudanças Fuvest 2026: questões
Na primeira fase, as 90 questões de múltipla escolha passam a ser organizadas em quatro grandes áreas do conhecimento, assim como o Enem e seguindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
- Linguagens e suas Tecnologias (que inclui Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa);
- Matemática e suas Tecnologias;
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias (composta por Física, Química e Biologia);
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (integrada por História, Geografia, Filosofia e Sociologia).
Na prática, isso quer dizer que o candidato vai encontrar perguntas mais interdisciplinares, que podem misturar conceitos de diferentes disciplinas dentro de um mesmo contexto, ou seja, vai exigir mais interpretação e para conectar diferentes temas.
Outra mudança importante é a presença mais destacada de disciplinas que apareciam de forma discreta, como Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física. Elas agora ganham espaço dentro dos blocos de Ciências Humanas e Linguagens, mostrando que a Fuvest quer continuar avaliando não só o conhecimento técnico, mas também o pensamento crítico e a formação cultural dos candidatos.
Mudanças Fuvest 2026: redação
A redação da Fuvest 2026 também vem com novidades que prometem deixar o exame ainda mais dinâmico e próximo das práticas de escrita do Novo Ensino Médio. O tradicional texto dissertativo-argumentativo, que há anos é o único formato cobrado, deixa de ser o gênero exclusivo da redação. Assim, abrirá espaço para outros gêneros textuais, como cartas, crônicas, resenhas, artigos de opinião e até textos híbridos. Isso significa que o candidato precisará demonstrar versatilidade na escrita.
Essa mudança acompanha a proposta da BNCC, que valoriza a diversidade de gêneros e situações de comunicação. A ideia da Fuvest é avaliar o domínio da língua portuguesa de forma mais ampla, observando se o estudante consegue adaptar seu texto ao gênero solicitado, ao público e ao propósito comunicativo proposto na prova.
Além disso, os textos de apoio devem ser mais variados. A prova promete trazer novos tipos de estímulo para a produção textual, como imagens, gráficos, mapas, infográficos, memes e charges. Essa abordagem busca avaliar a capacidade de leitura crítica e interpretação de diferentes linguagens, uma habilidade essencial na comunicação contemporânea.
Apesar das novidades, a essência da redação da Fuvest continua a mesma: o candidato deve demonstrar clareza e coerência nas ideias e domínio da norma padrão da língua. A diferença é que agora ele será desafiado a aplicar essas competências em diferentes formatos e contextos.
Para quem vai prestar o vestibular, a dica é se preparar para além da dissertação. Vale a pena praticar outros gêneros, estudar suas estruturas e finalidades e, principalmente, treinar a leitura de textos variados. A mudança irá beneficiar aqueles que conseguem pensar e se expressar de forma criativa e crítica.
O que permanece igual na Fuvest 2026
Ainda que tenha essas pequenas mudanças, a estrutura do vestibular da Fuvest, conhecido por seu rigor e por avaliar de forma profunda os candidatos, permanece a mesma. A primeira fase segue composta por 90 questões de múltipla escolha, abrangendo todas as áreas do conhecimento e servindo como filtro para a segunda etapa. Essa fase continuará exigindo leitura atenta, domínio de conteúdos e capacidade de resolver questões complexas, ou seja, nada de esperar um exame fácil.
A segunda fase também mantém sua estrutura tradicional: dois dias de prova, sendo o primeiro com 10 questões discursivas de língua portuguesa e uma redação, e o segundo com 12 questões discursivas de disciplinas específicas da área do curso escolhido pelo candidato. Esse formato é o mesmo que há anos marca o vestibular da USP, permitindo que cada carreira avalie com mais profundidade as competências mais relevantes para sua área de estudo.
Outro ponto que permanece igual é o nível de exigência da prova. A Fuvest segue valorizando a interpretação de textos, a análise crítica de informações e o raciocínio lógico nas respostas das questões da primeira e da segunda fase.
A redação também continuará sendo avaliada quanto à coerência, à coesão e ao domínio da norma-padrão da língua portuguesa. O que muda é a possibilidade de outros gêneros textuais, mas a base da correção e os critérios de avaliação seguem os mesmos.
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