Como os pais podem apoiar seus filhos quando não são aprovados no vestibular dos sonhos?

Por mais que o processo pré e durante os vestibulares seja compartilhado com toda a família, entrar para uma faculdade –  e tudo o que envolve esta etapa –  é um projeto individual, cujos protagonistas são os jovens. Então, quando eles não são aprovados nos exames que gostariam, o que os pais podem fazer? Como acolher os filhos e respeitá-los nesse “luto”?

Madson Molina, autor do Sistema Anglo, explica o que é mais indicado fazer e os passos possíveis a seguir para que esse período seja menos doloroso e não se compreenda como um fracasso.

O que fazer agora?

Cada família e cada jovem lida com seu próprio caminho e histórico de  forma diferente, assim Madson pede aos pais que relembrem quando os filhos eram crianças, com cinco ou seis anos, quando faziam apresentações de balé ou talvez  competiam pela primeira vez em uma modalidade esportiva. “Se eventualmente aconteceu um resultado não esperado, o que fazemos como pais? Estendemos os braços e falamos: ‘filho, não se preocupe. Vão ter próximas oportunidades.’  Por isso, nosso olhar não deve ser diferente nesta etapa de vestibular.”

Logo, a primeira ação é respeitar esse tempo de maturação e frustração, que leva a um amadurecimento enorme, e pode surpreender a maior parte dos pais. Isso porque, nesse processo, ao prestar o vestibular pela primeira vez,  os jovens entendem que estão escolhendo a escola que irão estudar no futuro. Quando a frustração ocorre, eles percebem que precisam se dedicar mais e que a maior parte das variáveis se encontra agora em seu colo. “Eles vão se reerguendo, surpreendendo-se  e amadurecendo, aumentando a potência nos estudos”, diz Madson.

Passado esse momento de luto, o próximo passo é traçar um plano em conjunto – com um diálogo franco entre pais e filhos: onde queremos chegar, quais são os cursos e faculdades que pretendemos fazer e como essa meta será alcançada: quais são os horários de estudo, onde iremos estudar, qual será o tempo dedicado para isso?

Como conduzir os estudos daqui para frente?

Madson explica que é fundamental que o vestibulando entenda quais são suas fortalezas e seus pontos frágeis, quais os conteúdos que domina e quais tem  mais dificuldade. Se ele já começa o ano com esses assuntos mapeados, abre-se uma atenção maior quando eles são apresentados em sala de aula num cursinho pré-vestibular. “Os estudos daqui para frente devem ser conduzidos sempre com base nesse radar para que, durante o percurso do ano, esses temas sejam aprendidos com mais atenção e retenção”.

Madson afirma que é difícil e trabalhoso, mas é possível, com muita organização e planejamento, visitar todos os conteúdos abordados no Ensino Médio, e estar preparado para os vestibulares ao final do ano.