Esse tipo de serviço é fundamental nas escolas e cursinhos

Um estudo realizado pela Universidade Anhembi Morumbi e publicado pela revista Veja apontou que, dentre os estudantes do 3º ano do Ensino Médio que já selecionaram uma carreira para seguir, menos da metade (46%) tiveram algum contato com a profissão escolhida. Além disso, 27% dos entrevistados tinham dúvidas sobre o mercado de trabalho. Esses dados revelam a necessidade de promover a mentoria e orientação vocacional nas escolas.

Rodney Luzio, autor do Sistema Anglo de Ensino, afirma que a mentoria ocorre por especialistas que possuem mais experiência prática do que o indivíduo que precisa da instrução e, por isso, podem indicar alguns caminhos e estratégias eficazes. Já na orientação vocacional, a partir desse mapeamento da mentoria, o jovem pode identificar as principais características da sua preferência e as áreas em que tem maior aptidão.

Luzio acredita que as duas técnicas se complementam. “A mentoria pode indicar algumas atividades e estratégias para que o aluno entenda e perceba quais são as suas aptidões para uma eficaz orientação vocacional”.

As vantagens para o estudante

Uma pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC) buscou analisar a importância da orientação vocacional para os matriculados no Ensino Médio. Dentre as vantagens encontradas, podem ser citadas:

  • Conhecimento das profissões;
  • Entendimento das características do mercado de trabalho;
  • Autoconhecimento;
  • Construção da personalidade.

“A escolha profissional não representa somente a solução de uma problemática de um momento na vida”, afirma o estudo. “Essa busca e a decisão decorrentes dela estão ligadas à personalidade do jovem e à concepção de vida do mesmo”.

Mentoria e orientação vocacional no Anglo

No Anglo, tanto o SAP (Serviço de Atendimento Psicológico) quanto os coordenadores podem atender essas questões. De acordo com Luzio, o SAP está mais ligado a questões emocionais e os coordenadores a aspectos técnicos da mentoria e orientação vocacional.

Dentro da sala de aula, os professores também podem desenvolver atividades que identifiquem as habilidades e potenciais dos estudantes. O especialista aponta algumas estratégias práticas:

  • Atividades em grupo: identificar habilidades de forma isolada nem sempre é muito rápido, elas podem aparecer com mais frequência no contato com os colegas.
  • Aulas dentro e fora da sala: para entender como o indivíduo se comporta em diferentes ambientes.
  • Propor a elaboração de um projeto: a partir do momento que o aluno começa a elaborar um projeto, é possível perceber suas aptidões, habilidades e ferramentas desenvolvidas ou em desenvolvimento.