Cada criança tem o próprio trajeto de aprendizagem, que não deve ser menosprezado pelas conquistas dos colegas

Com a rápida circulação de informações pelas redes sociais e o hábito dos pais de publicar conquistas de seus filhos, é natural que haja, mesmo que inconscientemente, mais comparação entre as crianças. No entanto, não há problema algum que, enquanto um primo está escrevendo frases completas, o outro só consegue formular algumas palavras — são tempos de aprendizagem diferentes.

Cada estudante terá o seu próprio ritmo, e habilidades mais fortes e outras mais fracas. É importante que os pais tenham esse fator em mente e não coloquem os seus filhos para baixo.

Expectativas devem estar alinhadas ao estudante

Os pais e professores não podem se guiar por expectativas generalizadas para uma faixa etária. Caso a criança tenha alguma dificuldade específica, como com a fala, não se pode esperar que ela recite um poema elaborado no mesmo tempo que o colega.

É essencial que os adultos saibam que a aprendizagem é diferente, de modo que não criem expectativas irreais que, no final, só vão gerar frustrações.

A vitória de cada um é diferente

“As pequenas vitórias que uma pessoa realiza, para nós, pode parecer pequeno, mas para ela é algo grande. Vemos inúmeros casos na escola de crianças que mal conseguiam falar e saem conseguindo dizer o próprio nome, por exemplo”, explica Mariângela Petrosino, assessora pedagógica do Sistema Anglo.

O papel dos instrumentos de avaliação de aprendizagem

“É extremamente importante sempre ter instrumentos de avaliação da aprendizagem para balizar até onde podemos ir”, destaca Mariângela. Logo, a escola deve ser capaz de oferecer análises sobre o desempenho do aluno para as famílias, aproveitando o espaço das reuniões com as famílias e estabelecendo metas para aquele estudante em específico.