Confira o impacto das atividades extracurriculares no desempenho acadêmico e como encontrar um equilíbrio entre os estudos para o vestibular e o lazer

As atividades extracurriculares podem ter um papel dúbio na preparação do jovem para o vestibular: o impacto pode ser muito positivo na saúde mental e física, mas também negativo caso o estudante não consiga equilibrar adequadamente o lazer e os estudos. Para Heitor Ribeiro, autor do Sistema Anglo de Ensino, essa é a palavra-chave: equilíbrio.

Pensando nos aspectos positivos das atividades, elas podem melhorar a eficiência acadêmica do estudante, uma vez que seu foco não é 100% nas provas e nas notas. Isso ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, resultando em uma preparação melhor do ponto de vista psicológico. “Esse peso acaba sendo muito significativo e, por isso mesmo, algumas instituições, especialmente privadas, cobram avaliação de atividades curriculares como parte do processo de seleção.” explica Heitor.

Ao mesmo tempo, é importante que o estudante entenda que ele está em um ano de seleção e preparação e precisa se concentrar nos estudos. As atividades não devem interferir nessa rotina. Se for, por exemplo, algo que ele pratica todos os dias, a coexistência adequada da atividade com a preparação para o vestibular ou mesmo com um cursinho pode ser comprometida e, provavelmente não haverá foco nem para um, nem para outro.

Mas é possível encontrar esse equilíbrio? Heitor Ribeiro explica como e qual a importância da harmonia entre vida acadêmica e lazer, além de dar dicas de atividades  interessantes de ser mantidas nesse período pré-vestibular.

Onde está o equilíbrio?

O ideal é que o estudante encontre uma rotina na qual ele consiga ter uma carga robusta de estudo e manter essas atividades, dedicando uma pequena parcela do seu dia a elas. “Do contrário, ele acaba sacrificando muito tempo que deveria ser utilizado nos estudos em atividades que, apesar de serem importantes, não são as principais responsáveis por sua aprovação no vestibular.”

Caso o estudante não saiba em que curso extracurricular se engajar, Heitor recomenda esportes e atividades físicas. Esse tipo de atividade aumenta a disposição, fazendo com que o estudante tenha mais energia durante o dia, o que também será útil para as sessões de estudo, além de ajudar no controle da ansiedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é ideal a prática de exercícios leves por 150 minutos semanais, visto que ajuda a liberar endorfinas no cérebro, trazendo uma sensação de prazer ao praticar, descontraindo o corpo e proporcionando paz e tranquilidade, combatendo estresse e ansiedade no processo.

Heitor também explica que as atividades físicas aumentam a capacidade de concentração, fazendo com que o vestibulando mantenha um ritmo de estudo mais forte e por mais tempo. Mas, acima de tudo, é preciso ser uma atividade da qual ele realmente goste e sinta prazer realizando. “ Porém, se o estudante precisa se forçar a fazer, ele tende a ficar mais estressado, nervoso e irritado, nesse caso, a função pedagógica dessas atividades acabam ocorrendo no sentido contrário do desejado.” explica.

Além de atividades esportivas, também pode-se levar em consideração atividades artísticas, tanto individuais como desenhar e escrever, como em grupo, como dança e teatro. Esse tipo de atividade ajuda a desenvolver a confiança em si próprio, bem como a criatividade e a imaginação. Ainda segundo a OMS, em um relatório de 2019 analisando os resultados de 3 mil estudos, artes possuem um papel fundamental na prevenção de problemas de saúde e no tratamento de doenças, além da prevenção e controle do estresse, de ansiedade e depressão e aumentando os níveis de bem-estar, o que é sempre bem-vindo, especialmente para jovens em um período tão estressante como no pré-vestibular.