Obras literárias, manuais de redação e livros específicos auxiliam no desenvolvimento da escrita e do senso crítico dos vestibulandos 

Ao explorar obras de grandes autores, manuais de redação e livros específicos com diferentes tipos de textos, os estudantes têm a oportunidade de enriquecer seu vocabulário, aprimorar a gramática e desenvolver o senso crítico, elementos essenciais para uma boa redação. 

Renata Romero, professora de redação do Anglo Vestibulares, destaca a importância de reconhecer que o aprendizado ocorre em diversos momentos e formatos, sendo essencial para consolidar os conteúdos consumidos no cotidiano, que podem servir como base para análises e argumentos dissertativos. 

Segundo a professora, um ponto importante para uma boa redação é estar atualizado sobre as principais discussões que estão acontecendo na sociedade. Além de ajudar no entendimento do tema da redação do vestibular, esses conteúdos podem ser utilizados como texto de apoio pela banca na elaboração da proposta textual. “Uma boa leitura é fundamental para que os candidatos consigam autonomia de pensamento, além de base para seus argumentos e opiniões.” 

Ela ressalta que esses recursos ajudam a treinar o foco e a concentração, habilidades frequentemente prejudicadas pela constante exposição a estímulos fragmentados e rápidos das redes sociais.  

“Considerando que no dia do vestibular os recursos on-line não estarão disponíveis, estudar redação apenas com recursos off-line também é uma forma de treinar a concentração de uma forma diferente do usual”, acrescenta. 

Materiais offline recomendados para ampliar os conhecimentos em redação 

Os jornais e as revistas são os melhores aliados para os alunos conseguirem um panorama dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. “Não é necessário consultá-los todos os dias, mas a sugestão é o candidato ter contato com esses tipos de publicações em algum momento da semana”, orienta Renata. 

“Eu sugiro os jornais impressos de domingo. Nesse dia, eles costumam ter mais cadernos e seções, além de reportagens mais longas e aprofundadas sobre os assuntos relevantes da semana que, portanto, têm mais chance de incidência no vestibular”, completa. 

Ela também recomenda materiais de escrita, gramáticas e dicionários para tirar dúvidas pontuais e descobrir novas palavras, como: 

  • “Tirando de letra: orientações simples e práticas para escrever bem”, de Chico Moura e Wilma Moura; 
  • “Dicionário prático de regência nominal e verbal”, de Celso Pedro Luft; 
  • “Moderna gramática portuguesa”, de Evanildo Bechara. 

“Essas ferramentas servem para encontrar respostas para dúvidas que talvez a gente sempre tenha tido, mas nunca lembrou de procurar”, aponta. 

Repertório para vestibulares 

Para aqueles que buscam um repertório literário para os vestibulares, os livros das listas de leitura obrigatória são uma excelente opção. As universidades paulistas, como USP e Unicamp, oferecem uma seleção rica de títulos que podem ser utilizados como reflexão para o texto dissertativo. A professora indica as seguintes obras: 

USP/Fuvest 2025: 

  • “Quincas Borba”, de Machado de Assis; 
  • “Alguma Poesia”, de Carlos Drummond de Andrade; 
  • “Nós matamos o cão tinhoso”, de Luís Bernardo Honwana. 

Unicamp 2025: 

  • “A vida não é útil”, de Ailton Krenak; 
  • “Olhos d’água”, de Conceição Evaristo. 

Para quem pretende focar no Enem e está perdido em como conseguir repertório sociocultural, a professora sugere o livro “Agenda brasileira”, organizado por André Botelho e Lilia Moritz Schwarcz.  A obra mostra, em textos claros e objetivos, assuntos importantes para a sociedade brasileira, debatidos por especialistas de cada área.