Você sabia que há diferentes tipos de vestibulares, além do Enem e dos modelos tradicionais que incluem a realização de provas? O Exame Nacional do Ensino Médio e os vestibulares tradicionais aplicados pelas próprias instituições de ensino ainda são os formatos mais comuns. No entanto, cada vez mais faculdades e universidades têm oferecido outras formas de ingresso que fogem do modelo convencional.
De acordo com o Censo da Educação Superior 2023, o Brasil conta com mais de 2.500 instituições de ensino superior, entre públicas, privadas, comunitárias e confessionais — e algumas delas oferecem alternativas ao vestibular tradicional.
Para quem está se preparando para iniciar essa jornada universitária, é essencial conhecer os diferentes tipos de processos seletivos e entender como cada um funciona. Neste post, vamos explicar quais são essas opções.
O que é vestibular?
O vestibular é um processo seletivo utilizado por instituições de ensino superior para avaliar as competências e conhecimentos adquiridos pelos estudantes. A partir dessa avaliação, feita por meio de uma prova, os candidatos mais bem preparados são selecionados para ocupar as vagas disponíveis em cada curso.
As provas costumam cobrar conteúdo dos principais componentes curriculares do Ensino Médio: Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Biologia, Física e Química. Além disso, é comum os exames solicitarem uma redação e conhecimentos de língua estrangeira (inglês e/ou espanhol).
Os exames, em geral, são testes de múltipla escolha. Quando há mais de uma fase, é comum a primeira ser nesse formato e, a segunda, uma prova dissertativa (também chamada de discursiva).
A classificação dos candidatos geralmente ocorre por ordem decrescente de nota. Ou seja, quem obtém as maiores pontuações tem mais chances de conquistar uma vaga.
Quais são os principais tipos de vestibular?
Embora o vestibular tradicional inclua a aplicação de uma prova, a palavra vestibular vem sendo usada como sinônimo de processo seletivo (sem, necessariamente, incluir a aplicação de uma prova).
Assim, podemos dizer que há diferentes tipos de vestibulares, e muitas instituições adotam mais de uma forma de ingresso ou até a combinação de algumas delas. Em determinados casos, o candidato precisa passar pela prova tradicional antes de seguir para etapas específicas.
Conhecer e entender essas opções é importante para aumentar as chances de aprovação no processo seletivo da instituição de seu interesse. Confira, a seguir, diferentes tipos de processos seletivos que fogem do vestibular tradicional:
Teste de Habilidade Específica
Algumas faculdades e universidades aplicam uma prova de habilidades específicas relacionada ao curso desejado. Isso acontece porque determinadas graduações, como Música, Artes Visuais, Artes Cênicas, Dança e Arquitetura e Urbanismo, exigem aptidões práticas dos candidatos.
No teste de habilidades, normalmente são cobrados conhecimentos que não fazem parte do currículo comum do ensino médio, justamente por exigirem uma desenvoltura mais técnica ou artística.
É o caso dá Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para o curso de Arquitetura e Urbanismo e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o curso de Música. Já em instituições como a Universidade de São Paulo (USP), o teste ocorre após a prova tradicional, como uma segunda etapa para alguns cursos, como Música, Artes Visuais e Artes Cênicas.
Análise do histórico escolar
Algumas instituições oferecem ingresso com base no desempenho do estudante durante o ensino médio. Isso pode ser feito por meio da análise do histórico escolar, como acontece na Universidade Presbiteriana Mackenzie, com o programa passaporte Mackenzie, e na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
É comum também exigirem uma redação complementar como parte da avaliação. Essa modalidade costuma ocorrer quando sobram vagas após o vestibular tradicional, mas também pode ser oferecida como processo seletivo principal em cursos menos concorridos.
Avaliação seriada
O Processo de Avaliação Seriada (PAS) ou Processo Seletivo Seriado (PSS) avalia o estudante de forma contínua durante os três anos do ensino médio. Os alunos realizam uma prova ao final de cada ano, mas só definem o curso desejado no último ano.
Esse é o caso da Universidade de Brasília (UnB) e de instituições paulistas (como USP, Unesp, Unicamp e Fatec) que oferecem algumas de suas vagas por meio do Provão Paulista, aplicado nas escolas públicas do estado de São Paulo. Esse formato também permite uma avaliação mais equilibrada, já que o estudante pode compensar uma nota ruim em um ano com um bom desempenho nos outros.
Entrevista
Algumas instituições incluem entrevistas como etapa do processo seletivo, após a prova dissertativa. Essa prática é mais comum em instituições que exigem análise de perfil e habilidades comportamentais.
É o caso da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), no processo ESPM Experience, que inclui prova e entrevista oral; da Fundação Getulio Vargas (FGV) nos cursos de Administração (na segunda fase); da FIA Business School nos cursos de Administração e Economia (na segunda fase), e da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, no curso de Medicina, também na segunda fase, em que os candidatos passam por oito entrevistas.
Vestibular simplificado
O vestibular simplificado busca tornar o ingresso mais rápido e menos burocrático. Em vez de uma prova tradicional, o candidato pode apresentar uma carta de motivação explicando por que escolheu a instituição e o curso e as expectativas em relação à graduação.
Algumas instituições que adotam esse modelo são Universidade São Judas Tadeu (USJT), Estácio, Universidade Anhembi Morumbi e Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Já o Centro Universitário FMU exige uma redação dissertativa além da carta de motivação.
Dinâmica de grupo
Esse modelo tem sido utilizado como etapa complementar em algumas instituições, principalmente nas fases finais. O objetivo é observar as soft skills (habilidades sociais) dos candidatos, como comunicação, liderança, empatia e trabalho em equipe.
Esse é o caso do Insper e do Ibmec, que aplicam atividades simulando situações do ambiente acadêmico e profissional da área desejada. Essa etapa é mais comum em cursos ligados à gestão, economia e áreas de inovação.
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