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Tecnologia no ensino médio: quando e como usar

Para gestores, professores e mantenedores de escolas privadas, a integração da tecnologia no ensino médio não é mais uma opção de vanguarda, mas sim um requisito essencial para formar jovens preparados para os desafios acadêmicos e do mercado de trabalho do século XXI.

O estudante de hoje já nasce imerso na cultura digital, utilizando smartphones, redes sociais e plataformas de streaming como parte de sua rotina. 

Uma pesquisa da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais revela que cerca de 70% dos jovens brasileiros utilizam a internet como auxiliar em seus estudos. Ignorar essa realidade na sala de aula é arriscar que a educação se torne um processo isolado, desconectado da vida real do aluno.

Neste artigo, nós, do Sistema de Ensino Anglo abordamos o momento certo e as estratégias mais eficazes para o uso da tecnologia, transformando ferramentas digitais em poderosos aliados para a construção de um aprendizado dinâmico, personalizado e alinhado às mais recentes diretrizes educacionais.

O que são as tecnologias educacionais?

Tecnologias educacionais, ou Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), são todos os recursos, ferramentas e plataformas digitais que são incorporados ao processo de ensino e aprendizagem com uma intencionalidade pedagógica clara.

Elas vão muito além do mero uso de computadores e tablets. Englobam desde a infraestrutura (como wi-fi de qualidade e lousas digitais) até o software (como plataformas adaptativas, aplicativos de realidade aumentada, games educativos e sistemas de gestão de aprendizagem).

A essência da tecnologia educacional reside em sua capacidade de mediar o conhecimento, atuando como um facilitador que auxilia o aluno a pesquisar, estruturar, memorizar e transmitir informações, conforme apontam estudos sobre o tema. 

Não é a tecnologia pela tecnologia, mas o uso criativo dela para gerar interesse, colaboração e autonomia.

Por que as tecnologias educacionais são importantes no ensino médio?

A fase do ensino médio é um momento crucial de transição: o estudante está definindo seu projeto de vida e se preparando para o ingresso na universidade ou no mundo profissional. 

A tecnologia se encaixa nesse contexto por três razões estratégicas:

Conexão com a realidade e engajamento: 

Se 7 em cada 10 alunos usam a internet para estudar fora da escola, a presença da tecnologia em sala de aula estabelece uma continuidade, tornando o ambiente de aprendizado mais atraente e relevante para a vida do jovem. 

O uso de recursos visuais e interativos transforma a indiferença em interesse e colaboração.

Preparação para o futuro profissional: 

O mercado de trabalho exige profissionais com competências digitais, como pensamento algorítmico, capacidade de análise de dados e fluência na comunicação mediada por tecnologias. 

Ao incorporar as TDIC, a escola oferece uma formação que atende às demandas sociais presentes e futuras, instrumentalizando o aluno para a sociedade.

Impacto na autonomia e no desempenho: 

Ferramentas digitais facilitam o acesso a uma vasta quantidade de informações e permitem que o estudante tenha maior controle sobre seus estudos. 

Aplicações que combinam comunicação síncrona (em tempo real) e assíncrona (como fóruns) são mais eficazes na retenção de conteúdo, como observado em pesquisas sobre ensino a distância. A tecnologia apoia o estudante a “aprender a aprender”.

A BNCC e a cultura digital: um imperativo legal e pedagógico

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não apenas sugere o uso de tecnologia, ela estabelece a cultura digital como uma das dez Competências Gerais que devem ser desenvolvidas ao longo de toda a Educação Básica, com ênfase no ensino médio.

A Competência Geral 5 determina que o estudante deve ser capaz de:

  • “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”

Isso significa que o professor de ensino médio precisa ir além de simplesmente usar um vídeo: ele deve ensinar o aluno a analisar criticamente a fonte, a produzir conteúdo multimídia (como vídeos, podcasts ou blogs) e a entender as implicações éticas, sociais e até legais da tecnologia, como questões de privacidade e a disseminação de fake news.

A BNCC, especialmente com o Novo Ensino Médio, reforça a importância de que o estudante utilize as tecnologias digitais para construir seu projeto de vida, ou seja, para pesquisar carreiras, simular realidades profissionais (com realidade virtual/aumentada) e desenvolver soluções que ele levará para a vida.

Como usar as tecnologias educacionais no ensino médio?

O sucesso na incorporação de tecnologias depende de um planejamento cuidadoso e de uma clara intencionalidade pedagógica.

A tecnologia não substitui o professor, mas atua como um poderoso mecanismo mediador do desenvolvimento. As ferramentas digitais podem contribuir de várias maneiras:

  1. Personalização do ensino: Plataformas de aprendizagem adaptativa identificam as dificuldades e o ritmo de cada aluno, oferecendo exercícios e conteúdos específicos. Isso permite que o professor atue com maior precisão na correção de falhas conceituais.
  2. Visualização e experimentação: Em aulas de ciências e matemática, a tecnologia permite simulações complexas, como modelos 3D de moléculas ou ambientes de realidade aumentada que tornam conceitos abstratos em experiências concretas e imersivas.
  3. Acesso e curadoria de dados: O uso de aplicativos de gestão escolar e de learning analytics oferece dados em tempo real sobre o desempenho da turma. O professor pode, por exemplo, aplicar um quiz instantâneo e, com base nas respostas, reorganizar a aula imediatamente para focar nos tópicos de maior dificuldade.

Conheça também os principais KPIs educacionais para ajudar na gestão escolar!

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Como as tecnologias educacionais se relacionam com as metodologias ativas?

As metodologias ativas são modelos de ensino que colocam o estudante no centro do processo, estimulando sua participação e autonomia. Em um mundo digital, elas se manifestam perfeitamente por meio de modelos de ensino híbrido.

A tecnologia é o motor que impulsiona o potencial das metodologias ativas:

  • Aprendizagem baseada em projetos (ABP): O aluno usa ferramentas digitais (como suítes de edição de vídeo, plataformas de colaboração de documentos e softwares de design) para pesquisar, planejar, executar e apresentar o projeto.
  • Sala de aula invertida (Flipped Classroom): O estudante assiste a vídeos ou lê materiais de estudo em casa (usando vídeos, e-books e podcasts selecionados) e utiliza o tempo em sala de aula para debates, resolução de problemas e atividades práticas com a mediação do professor.
  • Gamificação: O uso de elementos de jogos (como pontuação, rankings e desafios) em plataformas digitais engaja o aluno, cria motivação e estimula a competição saudável.

Pesquisas mostram que a associação de tecnologias digitais com metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), proporciona ganhos significativos na aquisição de saberes teóricos e práticos, contribuindo para o desenvolvimento de competências.

Como levar gêneros digitais para a sala de aula?

O ensino médio é o momento de preparar o aluno para ser um cidadão digitalmente fluente. Isso inclui a capacidade de ler e produzir nos formatos que circulam no seu dia a dia.

O professor de Linguagens e suas Tecnologias, por exemplo, pode propor atividades que envolvam:

Análise de memes e posts: Discutir o significado, o contexto social e a capacidade de persuasão de conteúdos virais.

Criação de podcasts e vídeos: Os alunos podem produzir podcasts sobre um conteúdo de História ou gravar vídeos curtos para explicar um conceito complexo de Física, desenvolvendo habilidades de roteiro, edição e oratória.

Criação de blogs colaborativos: Um projeto interdisciplinar pode envolver a criação de um blog da turma, onde os alunos publicam textos de opinião, resenhas e artigos científicos, praticando a escrita para um público real e recebendo feedback colaborativo.

Veja também: Como escolher o melhor sistema de ensino para sua escola

Quais são as melhores tecnologias digitais para estimular a turma a trabalhar em colaboração?

O trabalho em equipe é uma competência fundamental. A tecnologia oferece ambientes que simulam a colaboração do mundo profissional:

  • Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA): Plataformas como Google Sala de Aula, Moodle ou softwares de sistemas de ensino permitem a criação de salas virtuais onde o professor gerencia atividades, quizzes, avaliações e discussões em fóruns.
  • Ferramentas de edição compartilhada: O uso de ferramentas como Google Docs, Google Slides ou Microsoft Teams permite que grupos de alunos editem o mesmo documento, apresentação ou planilha em tempo real, registrando o percurso de cada um e promovendo a coautoria.
  • Realidade Aumentada (RA) para projetos: Em um projeto de Arquitetura em Matemática ou Artes, a RA permite que os alunos trabalhem juntos para sobrepor modelos virtuais ao ambiente físico da sala de aula, discutindo e ajustando o design colaborativamente.

Quais critérios o professor deve ter na hora de escolher uma tecnologia para uso em sala de aula?

A escolha de uma tecnologia educacional deve ser guiada pela intencionalidade pedagógica e não pela atração pela novidade. Gestores e professores devem seguir uma sequência de perguntas antes de implementar qualquer ferramenta:

  1. Qual problema ou desafio educacional a tecnologia deve solucionar? A ferramenta deve ter um objetivo claro. Por exemplo: “melhorar a fluência na leitura” (plataforma de leitura adaptativa) ou “facilitar a visualização de conceitos abstratos” (aplicativo de realidade aumentada).
  2. Ela está alinhada ao Projeto Político-Pedagógico (PPP) e à BNCC? A tecnologia deve potencializar as competências e habilidades propostas no currículo da escola, especialmente a Cultura Digital e o desenvolvimento do Projeto de Vida.
  3. Qual é a infraestrutura necessária? É essencial analisar a situação real da escola (conectividade, número de dispositivos, capacidade do servidor) para garantir que o uso seja viável e inclusivo para todos os alunos.
  4. Como o uso será monitorado e avaliado? A ferramenta deve oferecer dados (métricas e relatórios) que permitam ao professor e ao gestor medir o sucesso da implementação e o impacto no desempenho da aprendizagem.

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