Conheça duas estratégias de curto e longo prazo para manter o foco e a motivação e aumentar o seu desempenho
O planejamento nos estudos é uma ferramenta importante para melhorar os resultados acadêmicos. Uma pesquisa publicada pela biblioteca digital Eric constatou que os alunos dos cursos de matemática analisados que utilizavam planos de estudo apresentaram notas maiores do que aqueles que não usavam o recurso. “O tempo designado ao planejamento dos estudos tem uma correlação positiva para o sucesso”, afirmam as autoras.
Bárbara Souza, autora do material de Projeto de Vida, do Sistema Anglo de Ensino, diz que as metas são meios muito úteis para o planejamento dos estudos porque podem favorecer o foco e o direcionamento das ações.
“Quando pensamos em metas, estamos considerando um trabalho progressivo para alcançar determinado objetivo”, explica a especialista. “Nesse sentido, é fundamental que as metas sejam factíveis e alcançáveis”. Ela fornece dois exemplos de estratégias que podem ser utilizadas para criar planos de curto ou longo prazo: as metas com viés quantitativo e qualitativo.
Método quantitativo
O planejamento com recorte quantitativo refere-se a um conjunto de objetivos práticos. Trata-se de focar mais no que deve ser feito para atingir um propósito do que propriamente no alvo a ser conquistado.
Um estudante que está iniciando a criação de uma rotina de estudos, por exemplo, pode ter como meta de curto prazo começar estudando duas horas por dia na primeira semana. Já a longo prazo, esse aluno pode planejar aumentos graduais a cada semana até atingir um tempo mais satisfatório e maior.
Outro exemplo apontado pela autora é o estabelecimento de um número mínimo de exercícios a serem feitos a cada dia como meta de curto prazo. A meta de longo prazo seria aumentar essa quantidade em períodos regulares até o treino de um número maior de exercícios.
Método qualitativo
O recorte qualitativo, segundo Bárbara, visa conquistas acadêmicas. Elas podem estar relacionadas a conteúdos que precisam ser dominados, ao aumento da sua complexidade ou ao aprofundamento em determinados temas e matérias. “Aqui é preciso que o estudante consiga fazer uma análise realista do domínio que tem dos conteúdos para que possa se desafiar gradualmente.”
Ela também alerta que exigir-se em exercícios com nível de dificuldade alta sem ter a base conceitual bem consolidada tende a ser desmotivador. A meta precisa estar afinada com os conhecimentos prévios do estudante: estabelecer a base deve ser uma meta de curto prazo e aumentar a complexidade precisa ser a longo prazo.
“Nessas situações, é importante lembrar que as metas precisam ser realistas para que o estudante não acabe se frustrando e se desmotivando por ter idealizado atingir determinado objetivo e não conseguir”, conclui.