Os vestibulandos de primeira viagem embarcam em um território totalmente desconhecido, e precisam adotar um comportamento estratégico para a aprovação

Ao se deparar com o último ano do Ensino Médio, que é, normalmente, a primeira vez efetiva prestando vestibulares, o estudante pode encontrar uma série de dificuldades. Um ponto crucial é a necessidade de mudar o seu modo de pensar, para acompanhar esse momento específico da vida acadêmica.

O vestibular é um ambiente competitivo, no qual uma nota não tem significado se não for comparada à dos outros candidatos. Levando isso em conta, é preciso abandonar práticas do ensino básico e adotar novas estratégias, voltadas justamente para os processos seletivos.

Outro aspecto importante é saber lidar com a incerteza. Será um ano sem previsões concretas sobre o futuro, com muitos fatores em aberto. Considerando que os resultados dos exames principais podem sair apenas no ano seguinte, a ansiedade precisa ser controlada.

Para ajudar os vestibulandos de primeira viagem a se prepararem desde já, Madson Molina, autor do Sistema Anglo de Ensino, selecionou cinco dicas:

1- Seguir uma rotina

Um dos grandes sucessos para o vestibular é seguir uma rotina com consistência. É primordial entender que os resultados surgem lá na frente, mas o dia a dia do aluno precisa ser muito ajustado para alcançar a aprovação.

“Entenda essa rotina de assistir aula, fazer tarefas, gerar dúvidas e ter prazer em acertar as questões, porque isso vai impulsioná-lo para no dia seguinte também assistir aulas, fazer tarefas e entrar em uma espiral de melhoria”, explica Molina.

2- Tenha organização

A segunda dica é básica, mas essencial: organização. O estudante precisa saber lidar e organizar as suas dúvidas de maneira intuitiva. Para isso, vale separar um local para anotar todas as incertezas ou perguntas pontuais – de atividades, matérias, assuntos que acha que pode esquecer. A partir disso, deve visitar essas dúvidas com certa constância, eliminá-las com os professores e estudo e, assim, aumentar sua segurança e performance.

3- Assertividade

Uma excelente estratégia para uma boa preparação é ter assertividade. É essencial fugir de expressões como “tenho problema em exatas” – ao falar isso, o estudante assume uma desistência, aumentando o obstáculo e tornando-o mais difícil de vencer.

Sendo assim, a iniciativa ideal é identificar em qual área de exatas realmente se tem dificuldade. Caso seja a química, saber localizar qual matéria, quais questões ou teorias específicas, por exemplo. “Ser assertivo permite a ele encontrar um caminho de resolução, diferentemente do que quando se fala que o problema é generalizado”, explica Molina.

4- Saber quais vestibulares prestará e o formato

“No formato das provas, basicamente, a gente tem a regra do jogo”, diz o autor do Sistema Anglo. A chance de ser aprovado aumenta – e muito – quando o candidato entende o formato do processo seletivo e faz simulações ao longo do ano. A realização de simulados também deve ser bem pensada: analisar as práticas que funcionaram e quais não, e anotar as considerações para, em um próximo treino, já apresentar um melhor desempenho.

5- Tenha garra

No mundo acadêmico, uma grande verdade é que não se chega a lugar algum sem batalhar por esse objetivo. Logo, o estudante precisa definir o seu principal foco, quais provas vai prestar e, claro, ter garra para trilhar esse caminho. É preciso cultivar constantemente os motivos que o fizeram escolher o curso em questão, alimentando seu interesse por meio de pesquisas, palestras e conversas. Com isso, o estudante entende as suas prioridades, a organização exigida e encontra motivação para abdicar de certos momentos em prol dos estudos – decisão que nem sempre é fácil, mas valerá a pena. “Vai esbarrar, sim, em algumas pedras, mas pensar no lugar que se quer chegar faz ele levantar rapidinho e, novamente, entrar na rotina”, finaliza Molina.